Quem me Dera! (Poetrix)
Passarinhos competem -
parece tão mais gostosa
a goiaba da vizinha.
Tulipa (Poetrix)
No meu chopp da tarde
que tão rápido esquentou
sinal que esse verão promete
Planta de Cheiro (Poetrix)
Jardim noturno -
bom amante regozija
Dama-da-Noite em flor.
Funeral
Silêncio eterno -
sobre o mármore da lápide
o frio das flores de plástico.
Jardim
Coroa de espinhos -
oscila no galho
o abacaxi maduro
Aeróbica (Poetrix)
Lua diurna
caminho um quarteirão a mais
novo circuito.
Camuflagem (Poetrix)
O inconcluso muro -
no húmus ajuntado no canto
brota a amendoeira.
Cashemir (Poetrix)
Tardou a vir este ano,
mas de súbito, por todos os ossos -
Inverno!
Nordeste
Rebanho de ovelhas -
A alegria das chuvas
no corre-corre dos filhotes.
Maldita (Poetrix)
Às cinco da tarde
o cheiro de erva
atravessa o imaginário.
Sete em Ponto (Poetrix)
O sol pousou
na linha do horizonte derramada
um cálice de vinho.
Única (Poetrix)
À luz da lua
a cor solitária
da flor de mandacaru.
Sol(da) Idade (Poetrix)
O sol nasce
sobre os coqueiros do passado -
Ah, meus vinte anos!
Cortesia (Poetrix)
O vento parou.
O dia num instante volta
a ser bom-dia.
Amor Zunido (Poetrix)
Cena de sexo explícito:
no encaixe do vôo,
duas moscas!
Greentrix (Poetrix)
Após a aguada das quatro -
o verde “vessie”
das folhas de mato.
Papo Furado (Poetrix)
Trocador de ônibus:
- Meu avô também, aos domingos,
me ensinava o Maracanã!
Som do Tempo (Poetrix)
Ruído de granizo
no cimentado da cisterna -
Que frio barulhento!
Lembranças Outras
Tardes em Rio das Ostras:
Jandaias e Tuins
voando assim-assim...
Visual (Poetrix)
À vista do mirante
saindo de trás do morro
a lua quarto - minguante.
Roe(dor) (Poetrix)
Até as ratazanas
vão ficando bacanas -
como a solidão é ingrata!
Ototrix (Poetrix)
Os bem-te-vis cantam
Somente pro meu lado direito...
Ah, trompa de Eustáquio!
No Espeto (Poetrix)
Também para ele
está chegando o dia do churrasco -
Caramba, boizinho!
Muito Pelo Contrário (Poetrix)
Crescem mais pêlos
nas minhas narinas -
coisas de solteiro.
Sungarina (Poetrix)
Manhã de sol -
com a sunga, visto
saudades de Marina
Pinga-pinga (Poetrix)
A chuva apertou
no silêncio dos pássaros,
Olha a goteira!
Racionamento (Poetrix)
As andorinhas
no banho de chuva:
está faltando água no ninho...
Apelo Infantil (Poetrix)
Carro imundo -
menino sabido, escreve:
"lave-me", no vidro.
Fotografia (Poetrix)
Quando sol e chuva -
entre as lacunas das nuvens
surge o arco-íris...
Estandarte de Ouro (Poetrix)
Até a velha mangueira
parece contente -
Viva a Estação Primeira!
Visão (Poetrix)
A lagoa da janela
começa a oeste do motel -
A noite de afogar o ganso.
Cipreste (Poetrix)
Sob o dia finado
o cemitério plantado de
falsa-árvore-da-vida.
Não Adianta Chorar (Poetrix)
No meio do pasto
com o leite cremoso
a vaca morta.
De Ponta-Cabeça (Poetrix)
Quando me canso de olhar
o céu, planto bananeiras
no chão.
Alarme Burlesco (Poetrix)
O portão bate -
Ao seu lado direito,
o passarinho de pilha chia.
Degradação (Poetrix)
Na praia, na orla -
até a água-viva
parece morta.
Bucólico (Poetrix)
Entre os berros do cabrito
e o vento do colonião
nasce a lua de algodão
Própolis (Poetrix)
Não há mais mel
e os zangões se ocupam
em agradar a rainha.
Décimo Terceiro (Poetrix)
Os grilos cantam
"Jingle Bell" -
gratificação de natal
Matemática do Campo (Poetrix)
Pasto rural -
a única geometria espacial
É a esfera do sol
Tempos que não Voltam Mais (Poetrix)
Alojamento de adolescentes -
e depois a saudade roxa
dos bacanais...
Parto (Poetrix)
Não sei bem se é minha
mas tenho que exclamar:
Caluda! Está nascendo a plantinha...
"V" (Poetrix)
Num olhar supremo
as gaivotas migrantes
são um triângulo escaleno.
Mal Sintoma (Poetrix)
No caminho da montanha
Surge, no fumante inveterado
o sentimento da asfixia.
Cultura
Entre as parabólicas
e os telhados todos idênticos
...cogumelos!
Região dos Lagos (Poetrix)
Estrada engarrafada -
os homens e as máquinas
lentos, em fila quíntupla.
Exorbitante (Poetrix)
No balcão: "Quanto custa?"
mas no caixa...
"Vai roubar pra ser preso!"
Alto Verão (Poetrix)
Mesmo torrada
permanece até o pôr-do-sol
o biquíni estampado
Bat-trix (Poetrix)
Ao clarão do dia -
fechado como um guarda-chuva
o morcego e seu ego.
Fora de Rota (Poetrix)
Estação abandonada
sufocada entre dormentes:
Aldeiota da minha namorada.
Costa Verde (Poetrix)
Águas todas roladas -
nas cachoeiras de Itacuruçá
como é bom estar lá!
Paradoxo (Poetrix)
Cento e setenta quilômetros
mais ou menos amostra
Rio das Ostras, sem ostras!
Muito Prazer! (Poetrix)
Pelo retrovisor da "pick-up":
pessoas conhecidas
que a minutos atrás nunca vi
Ex-faculdade (Poetrix)
Cidade Rural -
até o esterco pra pisar
no mesmo lugar
Sonhar Não Custa Nada (Poetrix)
O frio congela.
De quando em vez
sonho a lareira
Encardido (Poetrix)
Não chove há dias:
no ar deslavado, os muros
parecem mais “gris”
Gratidão (Poetrix)
O mar azul e verde
e um chopp gelado,
como não dizer: Obrigado!
Yellowtrix (Poetrix)
Borboleta amarela. Entre
as flores de aguapé
brinca de amarelinha.
Velho Micreiro (Poetrix)
Quem não
Se conecta...
Se deflecta.
parece tão mais gostosa
a goiaba da vizinha.
Tulipa (Poetrix)
que tão rápido esquentou
sinal que esse verão promete
Planta de Cheiro (Poetrix)
Jardim noturno -
bom amante regozija
Dama-da-Noite em flor.
Funeral
Silêncio eterno -
sobre o mármore da lápide
o frio das flores de plástico.
Jardim
oscila no galho
o abacaxi maduro
Lua diurna
caminho um quarteirão a mais
novo circuito.
O inconcluso muro -
no húmus ajuntado no canto
brota a amendoeira.
mas de súbito, por todos os ossos -
Inverno!
Nordeste
A alegria das chuvas
no corre-corre dos filhotes.
Maldita (Poetrix)
o cheiro de erva
atravessa o imaginário.
na linha do horizonte derramada
um cálice de vinho.
À luz da lua
a cor solitária
da flor de mandacaru.
O sol nasce
sobre os coqueiros do passado -
Ah, meus vinte anos!
O dia num instante volta
a ser bom-dia.
Cena de sexo explícito:
no encaixe do vôo,
duas moscas!
Após a aguada das quatro -
o verde “vessie”
das folhas de mato.
- Meu avô também, aos domingos,
me ensinava o Maracanã!
Som do Tempo (Poetrix)
Ruído de granizo
no cimentado da cisterna -
Que frio barulhento!
Lembranças Outras
Jandaias e Tuins
voando assim-assim...
Visual (Poetrix)
À vista do mirante
saindo de trás do morro
a lua quarto - minguante.
Até as ratazanas
vão ficando bacanas -
como a solidão é ingrata!
Os bem-te-vis cantam
Somente pro meu lado direito...
Ah, trompa de Eustáquio!
Também para ele
está chegando o dia do churrasco -
Caramba, boizinho!
Crescem mais pêlos
nas minhas narinas -
coisas de solteiro.
Sungarina (Poetrix)
Manhã de sol -
com a sunga, visto
saudades de Marina
no silêncio dos pássaros,
Olha a goteira!
As andorinhas
no banho de chuva:
está faltando água no ninho...
Apelo Infantil (Poetrix)
Carro imundo -
menino sabido, escreve:
"lave-me", no vidro.
Fotografia (Poetrix)
Quando sol e chuva -
entre as lacunas das nuvens
surge o arco-íris...
Estandarte de Ouro (Poetrix)
parece contente -
Viva a Estação Primeira!
Visão (Poetrix)
A lagoa da janela
começa a oeste do motel -
A noite de afogar o ganso.
Cipreste (Poetrix)
Sob o dia finado
o cemitério plantado de
falsa-árvore-da-vida.
Não Adianta Chorar (Poetrix)
com o leite cremoso
a vaca morta.
De Ponta-Cabeça (Poetrix)
o céu, planto bananeiras
no chão.
Alarme Burlesco (Poetrix)
O portão bate -
Ao seu lado direito,
o passarinho de pilha chia.
Na praia, na orla -
até a água-viva
parece morta.
Entre os berros do cabrito
e o vento do colonião
nasce a lua de algodão
Não há mais mel
e os zangões se ocupam
em agradar a rainha.
Os grilos cantam
"Jingle Bell" -
gratificação de natal
Matemática do Campo (Poetrix)
Pasto rural -
a única geometria espacial
É a esfera do sol
Tempos que não Voltam Mais (Poetrix)
e depois a saudade roxa
dos bacanais...
mas tenho que exclamar:
Caluda! Está nascendo a plantinha...
"V" (Poetrix)
as gaivotas migrantes
são um triângulo escaleno.
Mal Sintoma (Poetrix)
No caminho da montanha
Surge, no fumante inveterado
o sentimento da asfixia.
Entre as parabólicas
e os telhados todos idênticos
...cogumelos!
Estrada engarrafada -
os homens e as máquinas
lentos, em fila quíntupla.
Exorbitante (Poetrix)
No balcão: "Quanto custa?"
mas no caixa...
"Vai roubar pra ser preso!"
Mesmo torrada
permanece até o pôr-do-sol
o biquíni estampado
Bat-trix (Poetrix)
Ao clarão do dia -
fechado como um guarda-chuva
o morcego e seu ego.
Fora de Rota (Poetrix)
sufocada entre dormentes:
Aldeiota da minha namorada.
Costa Verde (Poetrix)
Águas todas roladas -
nas cachoeiras de Itacuruçá
como é bom estar lá!
Paradoxo (Poetrix)
Cento e setenta quilômetros
mais ou menos amostra
Rio das Ostras, sem ostras!
Muito Prazer! (Poetrix)
Pelo retrovisor da "pick-up":
pessoas conhecidas
que a minutos atrás nunca vi
Cidade Rural -
até o esterco pra pisar
no mesmo lugar
O frio congela.
De quando em vez
sonho a lareira
Encardido (Poetrix)
Não chove há dias:
no ar deslavado, os muros
parecem mais “gris”
Gratidão (Poetrix)
O mar azul e verde
e um chopp gelado,
como não dizer: Obrigado!
Yellowtrix (Poetrix)
Borboleta amarela. Entre
as flores de aguapé
brinca de amarelinha.
Quem não
Se conecta...
Se deflecta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário