domingo, 10 de março de 2019

FIGURAS DE LINGUAGEM (RESUMÃO)




Metáfora = comparação subentendida (O Brasil é um país pivete)
Elipse = omissão identificada pelo contexto [O amor talvez fosse sereno, (se) não houvesse tantas arestas]
Zeugma = omissão de termo já mencionado [Ela pensava em alianças, eu, (pensava) em poesia].
Anáfora = repetição de palavras no começo (A mulher do batom cheiroso viola todo cacau nos lábios / A mulher do batom cheiroso lambuza o próprio beiço de vexame/ A mulher do batom cheiroso quebra o salto no asfalto...).
Assíndeto = ausência de “e, nem, ou..” (Meu amor é um ciclone... vem, valsa, vibra, viola, vai-se embora).
Polissíndeto = repetição dos conectivos entre palavras ou orações (Debruça, e engatinha, e anda, e corre, e voa).
Sinestesia = cruzamento de sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato) [Se acaso um arco-íris / ou o verde da manhã / emitissem som numa simples olhadela, / esse seria o tom maior do sorriso dela].
Antítese = oposição de palavras que já são de sentidos opostos (Eu sonhei um “amor tempo integral” e acordei com um “de vez em quando”).
Paradoxo = contrassenso, união de ideias contraditórias (Sou um homem maduro / Que às vezes brinca de gude / um menino picha muro / Que às vezes usa gravata / um homem que se aplaude... / Um menino que se ilude.
Oximoro = expressão sintética de um paradoxo intelectual. É um recurso específico do domínio literário. (silêncio eloquente, mentiras sinceras, clichês inéditos, lúcida loucura, Rosa, meio cordeiro meio raposa). Já o paradoxo pode ser usado nos mais diversos contextos para designar qualquer situação bizarra, estranha, contrária ao senso comum.
Hipérbole = exagero, ênfase expressiva (Se a água não te molha / é porque não vês / as lágrimas onde me afogo.)
Pleonasmo = redundância (... e chorar meu choro, e sorrir meu riso...)
Catacrese = nomear algo que não possui nome específico (cabeça de alfinete, maças do rosto, braço do sofá)
Hipérbato = inversão na ordem natural das palavras de uma oração (ninguém sou nenhum tenho / existo escritor / deveras pouco mínimo / acaso / que os outros)
Personificação (ou Prosopopeia) = humanizar objetos e coisas abstratas (O vento a flertar com o bambu / que deita na areia / e rincham-se os caules em orgasmo)
Metonímia = transnominação, empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido (Gosto de ler Lutano; Meus lábios precisam dos teus)
Ironia = veicula significado contrário da interpretação literal do enunciado; zombaria (Chove lá fora: era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem).
Eufemismo = suavizar, amenizar ideias [Alguém morreu (descansou, passou desta para melhor)]
Onomatopeia = reprodução de sons (Débil, débil, muito débil / Um "ran-ran" martelizante ondeia)
Gradação = sequência de ideias (... e não me venhas com esse olhar de vira-lata / eu vim de moto até aqui: / passei pela portaria sem porteiro / subi sete lances de escada / prá te falar que tô dando linha na pipa).
Símile = comparação de dois termos distintos (A ave entoa, adeja, anela / E o poema / Na folha branca como um ultraje uiva).
Aliteração = repetição de sons de consoantes iguais ou semelhantes (mas a rosa, além de rosa, roda rola roça rota frenética)
Assonância = repetição de sons de vogais, especialmente nas sílabas tônicas (Em nome da rima / Lutano / fez esforço sobre-humano / por um amor leviano)
Paronomásia (ou Trocadilho) = utilização de palavras parônimas (não confunda espinafre de caçarolinha com espingarda de caçar rolinha).
Apóstrofe = evocação (Frederico, o tempo andou desenhando teu rosto com uma navalha afiada).














sexta-feira, 8 de março de 2019

ESCOLA SEM ÓDIO: educação não é de esquerda, do centro ou de direita.


Sinto saudade do tempo em que o professor era autoridade em sala de aula. Esse tempo foi anterior a Paulo Freire e sua “Pedagogia do Oprimido”, onde a imposição da figura de autoridade do professor em sala de aula é considerada opressão e, por isso, o aluno não mais precisa obedecer ao professor. Neste sentido, se o professor não pode mais cobrar empenho dos alunos, por que eles irão se esforçar?
Como o governo precisa ter um índice de aprovação positivo, é preciso “relativizar” notas no histórico do aluno todo final de ano letivo.
Desde o primeiro ano do ensino fundamental, passando pelos três anos do ensino médio, em escolas públicas estaduais e municipais, na graduação e na pós-graduação de Universidades Federais e Estaduais, nos deparamos com a famigerada “doutrinação”, embora grande parte dos colegas professores e intelectuais insistam que a “tal doutrinação seja uma falácia”, em verdade, é notória e contumaz a manipulação psicológica destinada a obter a adesão dos alunos a determinada causa durante toda vida escolar-acadêmica.
Da mesma forma que uma bactéria não tem consciência do meio em que se desenvolve e reproduz, se in vitro ou in vivo, os professores, educadores e intelectuais da educação não conseguem mais enxergar a doutrinação devassada na frente deles, como verdade onisciente e onipresente de um partido invisível.
Hoje, a escola está nas mãos “da esquerda”. Mas a educação não deve estar nas mãos da esquerda ou da direita, pois escola NÃO É LUGAR DE SE FAZER POLÍTICA!
Professor precisa ser neutro. Quando tiver que apresentar temas políticos, mister se faz apresentar os dois lados da moeda com a mesma ênfase e importância.
Neste contexto, o modelo atual socioconstrutivista prejudica à larga a formação dos alunos. Falo em nome da minha seara que é a Língua Portuguesa (tão inculta e bela).
Alguns linguistas (chancelados pelo MEC) tutelam que usar a mesma gramática para todas as pessoas do país é uma atitude “antidemocrática”, e que o correto é o sujeito gramaticalizar a fala que ele aprendeu no seu dia a dia, no seu bairro, na sua rua; logo, o Brasil deveria ter uma diversidade de gramáticas. Por esse pensamento, não há problema em se falar “nóis vai”, “a gente somos” e outras excrescências. O resultado disso já desponta no horizonte: a maioria dos alunos não conseguem ler e compreender livros clássicos da nossa literatura que foram publicados em séculos pretéritos, tornando nossa atual cultura cada vez mais inculta e torpe...
O resultado dessa cacogênese pedagógica são estudantes que chegam, não só na graduação, mas no mestrado e no doutorado sem conhecimentos de ortografia e com reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Não é por acaso que a educação brasileira ocupa parcas posições nos ranks internacionais alusivos à educação. E tudo isso porque é errado corrigir um aluno quando ele fala "pobremas", “adevogado”, “ingual”, entre outras apropriações fonético-silábicas socioconstrutivistas de esquerda.
Como remate, infere-se que a imparcialidade e a neutralidade em sala são fundamentais para que a formação do aluno ocorra sem influências ideológicas, uma vez que toda ideologia atrapalha a compreensão da realidade e é dever do professor ensinar as coisas como realmente são independentemente de convicções pessoais.