Sinto
saudade do tempo em que o professor era autoridade em sala de aula. Esse tempo
foi anterior a Paulo Freire e sua “Pedagogia do Oprimido”, onde a imposição da
figura de autoridade do professor em sala de aula é considerada opressão e, por
isso, o aluno não mais precisa obedecer ao professor. Neste sentido, se o
professor não pode mais cobrar empenho dos alunos, por que eles irão se
esforçar?
Como
o governo precisa ter um índice de aprovação positivo, é preciso “relativizar”
notas no histórico do aluno todo final de ano letivo.
Desde
o primeiro ano do ensino fundamental, passando pelos três anos do ensino médio,
em escolas públicas estaduais e municipais, na graduação e na pós-graduação de Universidades
Federais e Estaduais, nos deparamos com a famigerada “doutrinação”, embora
grande parte dos colegas professores e intelectuais insistam que a “tal
doutrinação seja uma falácia”, em verdade, é notória e contumaz a manipulação
psicológica destinada a obter a adesão dos alunos a determinada causa durante
toda vida escolar-acadêmica.
Da
mesma forma que uma bactéria não tem consciência do meio em que se desenvolve e
reproduz, se in vitro ou in vivo, os professores, educadores e
intelectuais da educação não conseguem mais enxergar a doutrinação devassada na
frente deles, como verdade onisciente e onipresente de um partido invisível.
Hoje,
a escola está nas mãos “da esquerda”. Mas a educação não deve estar nas mãos da
esquerda ou da direita, pois escola NÃO É LUGAR DE SE FAZER POLÍTICA!
Professor
precisa ser neutro. Quando tiver que apresentar temas políticos, mister se faz
apresentar os dois lados da moeda com a mesma ênfase e importância.
Neste
contexto, o modelo atual socioconstrutivista prejudica à larga a formação dos alunos.
Falo em nome da minha seara que é a Língua Portuguesa (tão inculta e bela).
Alguns
linguistas (chancelados pelo MEC) tutelam que usar a mesma gramática para todas
as pessoas do país é uma atitude “antidemocrática”, e que o correto é o sujeito
gramaticalizar a fala que ele aprendeu no seu dia a dia, no seu bairro, na sua
rua; logo, o Brasil deveria ter uma diversidade de gramáticas. Por esse
pensamento, não há problema em se falar “nóis vai”, “a gente somos” e outras excrescências.
O resultado disso já desponta no horizonte: a maioria dos alunos não conseguem
ler e compreender livros clássicos da nossa literatura que foram publicados em
séculos pretéritos, tornando nossa atual cultura cada vez mais inculta e torpe...
O
resultado dessa cacogênese pedagógica são estudantes que chegam, não só na
graduação, mas no mestrado e no doutorado sem conhecimentos de ortografia e com
reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Não é por acaso que a
educação brasileira ocupa parcas posições nos ranks internacionais alusivos à educação. E tudo isso porque é
errado corrigir um aluno quando ele fala "pobremas", “adevogado”, “ingual”,
entre outras apropriações fonético-silábicas socioconstrutivistas de esquerda.
Como
remate, infere-se que a imparcialidade e a neutralidade em sala são
fundamentais para que a formação do aluno ocorra sem influências ideológicas,
uma vez que toda ideologia atrapalha a compreensão da realidade e é dever do
professor ensinar as coisas como realmente são independentemente de convicções
pessoais.
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