Eu quero os âmbitos, os
horizontes despovoados
lugares que permitem meu coração
à utopia atender,
quero o anoitecer
sedutor da ponte inconclusa
onde demora e se esfalfa
a minha maneira de ser.
Eu quero distante, o devoluto,
os locais esquecidos
e o sentimento ermo e
pretérito do caber,
por ora restam prédios, prédios
circunvizinhos,
e vagas a se locupletarem
e se obscurecerem.
Quero a completude
acérrima dos silêncios
das pausas, quero as paixões,
porquanto me causam
espantos de mocidade
bem como os aromas.
Quero-te (e quanto mais tempo,
meu paladar se afina)
posto que me entorpeço contigo
qual numa artemísia
haja que em ti sinto o
mesmo viço de menina.
Precioso e verdadeiro poema...
ResponderExcluirBeijos
Natênus