sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Poema Carne

o poema mora na folha
cheio de rimas ritmos métricas estrofes
vive como ermitão feito santo antão

carne poema

a carne constrói versos na noite
com o néon dos faróis
lançados nos olhos pelo ar
com verso livre solto de pé quebrado
tangendo pelo estribilho
com grifos ilações
gravados no couro

poema carne

o poema deseja entregar-se
o poema deseja quebrar todas
o poema deseja sair por aí
o poema deseja ficar tanto...
o poema tonto
o poema deseja
o poema diz:
- eu quero ser carne e osso!

carne poema

a carne conhece versos com cheiro
de sonho lua rua e povo
a carne fala mais quando se cala
a carne decifra o silêncio
a carne incomoda
a carne deseja falar do sonho
a carne sonha
a carne deseja
a carne fala:
- nasce poema!!!!

poemacarne carnepoema


Um comentário:

  1. Fui apresentada ao seu blog, por uma amiga.
    Nao sou chegada à poesias,por acha-las todas meio chatas de ler, desculpe a minha ignorancia, mas qdo li as suas achei tao diferente, interessante o seu jeito de colocar seus sentimentos e pensamentos com versos que nao sao comuns às outras e que são gostosas de ler e de entender e ao mesmo tempo a gente se identifica rapidamente com todas elas. Elas parecem fazer parte de nossas vidas. Bem sinto que é difícil de expressar o que sinto, mas o q vale, se é que a opiniao de uma leiga vale muito, é que eu gostei demais. Parabéns! Elas mexem com a gente!Um abraço. Suzana

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